segunda-feira, 28 de junho de 2010

Paternidade




A paternidade é um fenômeno sócio-cultural que faz parte do cotidiano dos seres humanos desde os primórdios. Ao longo da história assumiu diferentes configurações, porém pouco se fala sobre este fenômeno sob a perspectiva dos homens que o vivenciam.

A chegada de um filho, seja pela gestação ou pela adoção, implica em mudanças, transições e adaptações não apenas para as mulheres, mas também para os homens, pois ambos precisam se preparar/organizar para o desempenho de novos papéis sociais que deverão assumir frente ao bebê, à família e a sociedade.

As novas configurações familiares e o desejo de romper com o modelo tradicional de paternidade têm motivado muitos homens na busca/construção de um “novo pai” que experiencia uma maior proximidade, participação e envolvimento no cuidado e criação dos filhos e sente liberdade para expressar suas emoções e afetos.
Apesar das transformações ocorridas na forma como o homem se relaciona consigo mesmo, com o outro e com o mundo, estudos demonstram que a paternidade ainda faz parte do projeto de vida de muitos homens que vêem nela a possibilidade de afirmar sua masculinidade, de constituir uma família e provê-la. Percebe-se uma postura mais participativa por parte desses homens não apenas no período gestacional, mas, também, na criação e no cuidado de seus filhos. Além disso, eles enfrentam uma ambivalente resistência por parte das mulheres que por um lado lhes cobram uma maior participação e por outro, criticam e desqualificam sua postura diferenciada de pai.
A paternidade pode ser uma experiência rica e promotora de prazer, satisfação e re-significações existenciais, no entanto, é importante dar mais voz aos homens para que falem de seus sentimentos em relação à experiência de tornarem-se pais. Portanto, pais, falai-vos; mães, ouvi-los



Escrito por Elaine Barbosa de Lima
Publicado por Psicóloga Patricia Machado Visite também: http://blog.psicodiálogos.zip.net/

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